segunda-feira, 21 de maio de 2012

Benefícios defluentes da Oração I

Uma eficiente maneira de conseguir a ligação entre a criatura e o Pai Criador, é a oração ungida de sentimentos nobres.
A emissão da onda mental dirigida a Deus com vigor e humildade, vence os espaços infinitos e é captada pelo Genitor Celeste, que a responde, utilizando-se de idêntica vibração, que é recebida de imediato.
Não são as palavras que vestem o pensamento, muitas vezes desnecessárias, que significam algo, se, por acaso, o sentimento de amor não as acompanhar.
Mais importantes do que as formas e as fórmulas convencionais, são a intenção, o conteúdo intrínseco de que se constitui a prece.
Não será, portanto, pelo muito orar, repetindo palavras de contínuo, mas pelo orar bem, que a prece propicia benefícios inimagináveis, favorecendo a criatura com recursos desconhecidos e poderosos.
Pensa-se, invariavelmente, que a função da prece é de peditório, tendo-se em vista as necessidades reais e as imaginárias, rogando-se auxílio e soluções para os desafios existenciais, que fazem parte do processo de crescimento moral e espiritual a que todos são submetidos.
Em razão deste conceito equivocado, ora-se, apenas, quando as dores e as dificuldades ameaçam, quando o indivíduo sente-se destituído de recursos para os inevitáveis enfrentamentos do dia-a-dia.
Certamente, que se deve fazê-lo nas situações penosas e aflitivas, no entanto, não somente nessas conjunturas, mas nas diferentes circunstâncias experimentadas durante a vilegiatura carnal, assim como depois dela…
A prece não irá resolver os dilemas, os problemas, os desesperos. Revestida, porém, de unção, produz uma real ligação entre o orante e o Senhor da Vida, na qual, de imetiado, se auferirá bem-estar, inspiração para encontrar soluções, reforço de energia, de modo que esses recursos contribuirão para o equacionamento da dificuldade e do desafio evolutivo.
É justo que a prece, por si mesma, não solucione os problemas humanos, o que redundaria em prejuizo moral àquele que ora, porquanto este necessita de lutar, a fim de aprender e conquistar o infinito.
Isto porque, as leis funcionam em caráter de elevação, ensejando a promoção do Espírito, que deve passar pelas experiências que elege, mediante os atos praticados, deles retirando os benefícios que os caracterizam.
Quando erra, projeta para o futuro o processo de recuperação que surgirá em forma de pesadelo e de dor reeducativos.
Noutras vezes, a necessidade de libertar-se do primarismo e das fixações mórbidas, que remanescem através da fieira das reencarnações, impõe-lhe enfrentamentos aflitivos e dolorosos.
Libertar-se da injunção penosa é o caminho para novos empreendimentos iluminativos, após palmilhar a senda de espinhos e pedrouços que foram deixados anteriormente.
A prece, nessa circunstância, torna-se recurso inspirativo para que sejam encontrados os instrumentos hábeis para a iluminação, entre os quais o discernimento, para bem utilizar os mais eficientes, aqueles que facultem a transformação do esforço em êxito.
Robustecido pelo vigor que recebe de Deus, através da oração, o Espírito consegue vencer os impedimentos e descobre novos mecanismos de reparação, aprendendo a não mais delinqüir.
Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Joanna de Ângelis, Iluminação Interior – Ed. LEAL

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